O Grupo Peralta iniciou os estudos para a construção de um novo terminal de cruzeiros em Praia Grande, visando atender à crescente demanda turística da Baixada Santista, no litoral sul de São Paulo. O projeto, denominado Litoral Plaza Port, foi apresentado ao Ministério de Portos e Aeroportos pelo prefeito eleito da cidade. A proposta tem como objetivo complementar as operações do Porto de Santos.
O novo terminal, financiado por investimentos privados, se juntaria ao terminal de cruzeiros planejado para o bairro do Valongo, em Santos. No total, os dois terminais ofereceriam cinco espaços de atracação para navios, sendo três no Valongo e dois em Praia Grande. Isso aumentaria a capacidade de atendimento a passageiros, tripulantes e operadores.
A empresa responsável pelo projeto pretende criar um terminal eficiente e ambientalmente responsável, especialmente nas áreas próximas à Praia de Itaquitanduva e ao Parque Estadual Xixová-Japuí. Atualmente, o projeto está em fase de estudos e ajustes.
Prevê-se que o novo terminal de Praia Grande seja localizado próximo a um shopping, facilitando o embarque e desembarque dos passageiros. Apesar da falta de detalhes sobre o projeto, a empresa promete divulgar mais informações conforme avançarem os trâmites legais e ambientais.
No entanto, a proposta de construir um novo terminal gerou controvérsias. O consultor portuário Ivam Jardim Arienti, da Agência Porto Consultoria, argumenta que a demanda atual de passageiros e navios na região não justifica a construção de outro terminal. Para ele, o terminal do Valongo já seria suficiente para atender à demanda sazonal dos cruzeiros.
Além disso, Arienti alerta para o alto custo da obra, que exigiria um processo de licenciamento ambiental rigoroso e enfrentaria desafios para ser financeiramente viável. Ele destaca que o mercado de cruzeiros é sazonal e não garante uma operação constante o suficiente para sustentar um projeto dessa magnitude.
A Autoridade Portuária de Santos (APS) reconhece a legitimidade da proposta, mas ressalta a importância de estudar a viabilidade econômica e os impactos ambientais do projeto. A APS também destaca a necessidade de a Marinha avaliar as condições de navegação na área, garantindo a segurança do tráfego de grandes embarcações.
Com informações de A Tribuna
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